CEARÁ, TERRA DE NÓS.

CEARÁ, TERRA DE NÓS.

Eis um pouco de nós!

Tal cabra da peste.

Alegria agreste,

Qual sorte de ser.

De ser genial

Nosso maior bem,

Como, enfim, ninguém,

Viera a nascer.

Eis o horizonte

Onde o sol nascente,

Descortinadamente

Ousa contemplar.

A vastidão da alvura,

A costa suntuosa,

A vista majestosa,

A praia, o infindo mar.

Eis as verdes serras,

Altivas, relevantes,

Vistosas, mui distantes,

Na imensidão.

O nobre sertanejo,

O brado dos vaqueiros,

Os vales quão brejeiros

A caatinga, o sertão.

Eis o humor latente

A decantar o gosto.

O sorriso no rosto,

A garra, o talento.

O herói de si,

Que perdura, avante,

Sempre itinerante

Em contentamento.

Eis o jangadeiro.

Dragão, a velejar.

O Forte a repousar,

A doce Iracema.

Bárbara, a pioneira,

Sonhos de ventura

Traços da cultura

Versos de um poema.

Eis a declamar,

Chão de trovadores,

Poetas escritores,

Grandes paladinos.

Vultos da história,

Nossa Fortaleza,

Juntos a grandeza

Dos alencarinos.